José foi o décimo primeiro
filho de Jacó. Por ser o filho de sua velhice Jacó amava muito a José, muito
mais do que amava seus outros filhos, Jacó dá a José uma túnica de várias
cores, essa relação de favoritismo despertou sentimentos ruins de ciúmes, ódio
e inveja nos irmãos de José.
Certa feita José teve um
sonho: sonhou que ele e seus irmãos estavam no campo amarrando feixes de trigo,
em um determinado momento do sonho o feixe de trigo de José se levantava,
enquanto os de seus irmãos se ajuntavam e se inclinavam diante do dele. Este
sonho deixou seus com ainda mais raiva, passaram a odiá-lo ainda mais (Gênesis
37:7). Mais tarde outro sonho viria, José na sua aparente imaturidade resolve
contar o novo sonho aos irmãos: e disse: Eis que tive ainda outro sonho; e eis
que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim (Gênesis 37:9). Se já o
invejavam, com esse segundo sonho seus irmãos passam a invejá-lo ainda mais.
Acredito que mesmo que em
partes muitos conhecem a história de José. Certa feita Jacó envia José para ter
notícias de seus irmãos e do rebanho, a fim de deixa-lo a par do que se
passava. José parte, pretendendo encontrar seus irmãos em Siquém, porém estes
não estavam lá, ele acaba por se perder no campo, e após receber a ajuda de um
homem acha o caminho para onde seus irmãos seguiram com o rebanho. Ao chegar em
Dotã, lugar para onde seus irmãos se dirigiram, estes o avistam ao longe e com
o coração repleto de uma combinação perigosa de ciúmes, ódio e inveja planejam
mata-lo. Neste ponto Rubén intervém e propõe aos seus irmãos que ao invés de
tirarem a vida de José que o jogassem em um poço, Rubén pretendia tirá-lo
quando a ira de seus irmãos passasse. Os irmãos de José tiram-lhe a túnica e o
jogam no poço. Mais tarde José é vendido por seus irmãos a mercadores
Ismaelitas, sendo depois revendido ao egípcio Potifar, oficial de faraó.
Desde o começo da história de
José podemos identificar diversas virtudes como o comprometimento ao cumprir
com esforço as tarefas designadas por seu pai. Uma vez vendido com escravo no
Egito José não abandona seus valores, mantendo-se fiel ao Deus de seu pai,
mantendo a integridade em cada atitude, e o Senhor era com José e prosperava em
suas mãos. Por sua integridade e fidelidade a Deus, José recusa os assédios da
mulher de Potifar, por não conseguir seduzir José ela o acusa. José vai parar
na prisão, inocente.
E Deus era com José, estando
na prisão o carcereiro o achou digno de confiança e o colocou a seu serviço
sobre todos os outros presos. Dois anos
se passam. Deus continua a abençoar José, a ponto de após interpretar os sonhos
do faraó ser levantado como governador do Egito, sendo a segunda autoridade
mais importante do Egito, depois do faraó.
Os sonhos de faraó
significavam que haveriam sete anos de extrema fartura, seguidos por sete
extrema fome na terra do Egito. Como governador sabiamente José administrou as
estocagens de cereais, quando chegou a fome havia comida no Egito.
Durante a história de José
podemos tirar várias lições valiosas como: honestidade e caráter de um servo de
Deus, a fidelidade ao fugir do pecado e das tentações, entre outras importantes
lições. Porém vamos nos ater a uma: a capacidade de perdoar alguém que nos
causou sofrimento.
José tinha tudo para guardar
ressentimentos de seus irmãos, ele não precisaria estar passando por aquilo,
não fosse o ódio e inveja de seus irmãos ele estaria em casa, perto de seu pai.
Porém ele escolheu não odiar. A Bíblia não fala, porém imagino que um trauma
tão grande como esse de ser vendido pelos próprios irmãos não tenha sido fácil,
afinal de contas José estava sujeito ao abatimento emocional por conta dos
traumas que sofrera em sua juventude, mas o interessante é que ele não deixou
que surgisse em seu coração ressentimento algum de seus irmãos. Quando seus
vieram ao Egito para comprar comida ele até os testou, como forma de ver o
arrependimento de seus irmãos, mas não como forma de puni-los por tê-lo
vendido.
José se revela a eles e diz: “...agora,
pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes
vendido para aqui...” Ele entendeu que as pessoas erram, e às vezes algumas são
incapazes de nos pedir perdão, porém, mesmo assim precisamos perdoá-las. É algo
realmente difícil: perdoar quem nunca foi capaz de nos pedir perdão.
O perdão é em si algo muitas
vezes difícil, mas necessário. Outras vezes o orgulho, faz com que o perdão
seja algo ainda mais complicado. Pare para refletir o perdão em todas as
circunstâncias traz mais benefícios para nós, perdoar é permitir que a paz de
não haver mais qualquer ressentimento entre no coração, é entender que por mais
que alguém tenha errado conosco, o rancor, o ódio e o ressentimento só trará
prejuízos para nossas vidas.
Pense, por mais que alguém
possa ter nos magoado, a vida dessa pessoa segue em frente, enquanto a nossa se
guardamos mágoa parece estacionar no tempo, imersa num rio de ódio e amargura,
enquanto definhamos dia após dia. Devemos entender que o perdão é da vontade de
Deus.
"Então, Pedro,
aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará
contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo
que até sete vezes, mas até setenta vezes sete" (Mateus 18.21-22).
Ao responder a Pedro, Jesus
ensinou uma importante lição de que deveríamos perdoar muito além do que
achamos necessário. Além do mais qual maior exemplo de perdão a pessoas que não
mereciam do que se entregar para morrer numa cruz em favor de pessoas que muito
errou contra seu criador? Foi isso que Jesus fez, morreu por pessoas que não
mereciam.
Em Colossenses encontramos o
seguinte ensinamento: "... perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha
motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também
perdoai vós" (Colossenses 3.13).
Fiquem com Deus. Repense sobre
seu conceito de perdão, lembre-se: é difícil, mas a vontade de Deus é que
perdoemos a quem nos ofendeu, a quem nos magoou, mesmo que esse alguém não seja
capaz de nos pedir perdão.
PERDÃO
É CURA, É PAZ, É ALÍVIO PARA A ALMA!
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