Olá amados! Não quero que essa postagem seja um desabafo,
mas um despertar para a Igreja, em especial quanto ao “meio gospel”.
Quero falar sobre o “império das músicas gospel” nas igrejas
contemporâneas. Sou jovem, praticamente nasci neste século, mas não consigo
compreender como hoje em dia músicas vazias, controversas, homocêntricas,
comerciais, e, portanto, mundanas estão com toda força nas igrejas. Desculpem-me
quem não concorda, mas meu conceito é o seguinte: igreja é para adorar a Deus,
o que louva o homem não é para Deus, o que não é para Deus NÃO DEVERIA ESTAR PRESENTE NAS IGREJAS. Alguém pode me dizer: mas irmão, os
louvores também servem para nos edificar, preparar a terra para a semente, e
blá, blá blá..... Sou obrigado a discordar: quem edifica é o Espírito Santo, da
mesma forma quem prepara a terra para a semente é o Espírito Santo, pois como o
Consolador enviado por Deus, é Ele quem convence o homem dos seus pecados e da
necessidade de pertencer a Deus. João 16:8
Não sei como a maioria entende a música cristã, o conceito
de se cantar nas igrejas, mas acho que a maioria concordaria que o objetivo é
louvar a Deus, algo que sem dúvida não deve ser feito somente através de
música, pois devemos adorar a Deus com nossa vida também, seguindo seus ensinamentos.
O que vemos na maioria das igrejas não é isso, músicas que só falam de buscar bênçãos.
Entendo que Jesus nos ensinou a pedirmos, e que se pedirmos nos será dado, mas
também nos ensina a buscarmos primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça, e
como consequência nos seria acrescentado o que necessitássemos, pois Deus sabe
do que necessitamos.
25. Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa
vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso
corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o
corpo mais do que o vestuário?
26. Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em
celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do
que elas?
33. Mas, busque primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas
vos serão acrescentadas. Mateus
6:25,26 e 33
Outro ponto de precariedade das músicas gospel, que deveriam
ser de adoração, ou ao mínimo expressar o Evangelho, são as músicas “cristãs” homocêntricas:
eu sou, eu faço, eu transformo, consigo, conquisto, é meu, e afins. Não somos nada, ao Único digno de toda honra, o Eterno, seja o poder, a força e louvor: Ele é Deus,
poderoso, não somos nada. Sacos de barro
querendo direcionar a vontade de seu Criador, é isso que essas músicas mostram
na minha visão.
Certa vez Jesus disse aos seus discípulos: Portanto ide,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo. Mateus 28:19. Acho um equivoco da maioria dos cantores
gospel que fazem nada menos do que alterar a ordenança de Cristo: ao invés de
fazerem discípulos (para Cristo), fazem fãs (para si próprios).
Outro fator que discordo plenamente é o uso da igreja (sim
estou falando do salão físico) para apresentações, sim nada mais que simples
shows nas igrejas. Não consigo entender a cara de pau de alguns cantores
evangélicos de cobrarem cachês exuberantes e ainda dizerem estarem adorando a
Deus, fazendo a “obra” e terem a audácia de convidarem o público a adorar com
eles. Desculpem-me, mas pelo que aprendi Deus procura verdadeiros adoradores, e
adoração paga, “showzinhos particulares” não faz parte da verdadeira adoração. Alguém
pode dizer: ah, mas cantor vive disso... Então, acontece que se existe algum
preço por sua adoração (risos) já foi pago, e só para lembrar nós não somos
dignos de nada, conhece a famosa Graça? Então só ela já é um fator para
adorarmos a Deus. A que ponto chegamos: a criatura se sente digna de cobrar
para “adorar” ao Criador.
Pensem um pouco sobre este verdadeiro império da música gospel
nas igrejas. Justifico, que embora seja difícil, existem cantores que usam seu
talento para adorar a Deus, não fazendo da “adoração” uma forma de fazer fortunas.
Não sei se até este ponto da postagem todos entenderam o que eu quero defender,
esclareço: não tenho total aversão à música secular, existem pessoas que compõem
por se sentirem gratos a Deus, o ponto aqui não é defender a música sacra, e “detonar”
a música secular, é entender que o problema são as músicas (não estou falando
de estilo musical, compreenda) voltadas para o egoísmo humano, que tem tomado
conta das igrejas, nosso tempo na igreja deve ser para adorarmos a Deus, não a
nós mesmo através de músicas homocêntricas, materialistas, músicas simplesmente
comerciais.
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