V
ivemos em um mundo repleto de pecados, onde, todos os dias, diversas forças tentam nos persuadir ao tropeço, a pecarmos contra nosso Criador. Em meio a tudo isso, nos vemos numa situação de escolhas frequentes, onde é posto diante de nós a possibilidade de vivermos uma vida integra para com Deus, mesmo vivendo em um mundo como este, ou nos entregarmos às coisas deste mundo, consequentemente nos afastando do Criador.
Hoje parei para refletir sobre alguns personagens bíblicos, que, mesmo vivendo em ambientes e com pessoas que poderiam induzi-los ao pecado, escolheram viver uma vida de retidão para com Deus. Muitos desses homens enfrentaram tentações, tiveram maus exemplos de pessoas que deveriam dar um bom exemplo, viveram em terras onde seus habitantes tinham prazer no pecado, mas nem por isso se entregaram às práticas pecaminosas.
Pessoas como Noé, separando-se da pecaminosidade de sua geração, sendo por Deus conservado em vida durante o dilúvio, Abraão, ao recusar-se adorar os ídolos de seu pai, obedecendo a ordem de Deus a fim de que saísse do meio de sua parentela, José, estando como escravo no Egito manteve-se fiel ao Deus de seu pai, e ao ser tentado pela mulher de Potifar para a prática do adultério recusa-se, preferindo ser punido por conta da calúnia dela, do que pecar contra Deus, Moisés, estando como príncipe do Egito, identifica-se com a cultura e fé de sua mãe hebreia, sendo, mais tarde, escolhido por Deus para libertação do povo Hebreu, Samuel, vivendo em um ambiente de compactação com o erro por parte de Eli, e promiscuidade por parte dos filhos de Eli, prefere obedecer a voz de Deus, mesmo que para isso tivesse que ir contra seu mentor.
 Daniel e seus companheiros, exilados na Babilônia recusam-se os manjares, cultura e idolatria daquele povo, colocando suas próprias vidas em risco, mas não concordando com tudo aquilo que os afastaria de Deus. Na Bíblia encontramos muitos outros exemplos de pessoas que colocaram seu amor a Deus acima do interesse pelas coisas desse mundo, e, todos esses exemplos servem para nos mostrar que, como servos de Deus, devemos nos afastar das coisas que nos fazem pecar, e, se expostos às práticas que desagradam ao Senhor, nos recusarmos a pecar contra Deus.
Bem sabemos que estamos sujeitos, por sermos humanos, em nossa natureza caída, mas, o que não podemos é nos desculparmos na fragilidade de nossa matéria para cometermos aquilo que poderia ser evitado a fim de mantermos uma vida de comunhão com Deus. Se sentimos que em nossa matéria somos fracos, devemos fortalecer nosso espírito com as coisas de Deus, a fim de que possamos vencer as tentações que diariamente nos cercam.
Se pararmos para refletir, veremos que muitos de nossos pecados poderiam não ter acontecido se tomássemos a posição de verdadeiros cristãos. Jesus morreu para que fôssemos livres da prática do pecado, e o pecado não tem mais domínio sobre nós, somos novas criaturas e devemos nos preocupar em agradarmos a Deus.
            A fim de exemplificar, posso citar um tipo de pecado, muito ocorrente nos dias atuais, que serve bem para demonstrar a possibilidade de se evitar o pecado, e, na maioria das vezes não há o interesse de evitar o mesmo. A prática do adultério, por exemplo, assim como outros pecados, não ocorre da noite para o dia, são sucessivos fatos, lugares, conversas, olhares, que poderiam ser evitados, mas simplesmente não há o interesse de evitar o mesmo.
De maneira alguma estou apedrejando aqueles que já caíram em pecado, pois eu mesmo considero-me o mais pecador dentre os homens, e não fosse a graça de Jesus Cristo, por tantas coisas que já cometi mereceria a condenação, mas o fato é que a graça de Cristo não nos permite viver escravos do pecado, pois se nos pomos como escravizados pelo pecado, consequentemente assumimos que não recebemos liberdade na cruz de Cristo.
Na carta de Paulo aos Romanos encontramos a seguinte advertência: "Então, qual seria a conclusão? Devemos continuar pecando a fim de que a graça seja ainda mais ressaltada? De forma alguma! Nós que morremos para o pecado, como seria possível desejar viver sob seu jugo? ” (Romanos, 6:1,2)
Vivamos, pois, uma vida de fidelidade para com Deus, pois, por Cristo fomos libertos para a salvação, e, sendo novas criaturas, temos em Cristo a liberdade para vencermos o pecado!
"Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra." (Oséias 6:3)
Autor: Marcos Silva